Hoje em dia
poucos são aqueles que conhecem esta arte e, por isso, (quase) toda a gente
recorre aos tambores do Batchinha para tocar nas festas de Santo António
(Paul), São João Baptista (Porto Novo) e São Pedro Apóstolo (Chã de Igreja).
“Os tambores
são o meu ganha-pão desde 1994 (19 anos)” afirma Batchinha adiantando que “é um bom negócio porque a procura é boa e é preciso ter
tambores em ‘stock’ para poder satisfazer a demanda”, explicou o homem dos
tambores.
“Esta
tradição estava morta mas eu consegui recuperá-la” diz orgulhoso o mestre
Batchinha manifestando-se “satisfeito por ver tantos tambores na festa de São
Pedro”, muitos dos quais feitos por ele.
Tudo começou
com alguns arranjos pontuais, “pessoas que pediam ajuda para consertar alguma
peça do tambor” eventualmente danificada, e quando recebeu uma encomenda de
tambores para o estrangeiro entendeu que, afinal, podia estar aí uma fonte de
rendimento.
Batchinha
fala de Lela Miranda que foi seu parceiro dos primeiros tempos mas hoje
trabalha sozinho e tem demanda suficiente para se dedicar exclusivamente a uma
arte que vai aprimorando a cada dia.
“Continuo a
aprender”, admite o mestre Batchinha com humildade mas exibindo uma peça de
rara beleza.
O preço varia
entre os cinco mil e os 20 mil escudos cada tambor, dependendo do tamanho e do
acabamento.
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