As comemorações do dia do
município do Paul e de Santo António das Pombas são ocasião que os paulenses
radicados fora da ilha ou do país escolhem para regressar ao torrão natal e matar
saudades da terra.
Walter Tavares Silva, por
exemplo, vive em São Vicente onde trabalha no INDP, mas já o encontramos no
Paul para participar da festa do padroeiro.
Zuzú, como é conhecido entre os
amigos, é músico e um compositor inspirado, autor de várias mornas e coladeiras
que, contudo, não foram ainda popularizadas pelos intérpretes da nossa praça.
Zuzú alimenta a esperança de
lançar o seu próprio CD, embora não tenha ainda data para entrar em estúdio,
sobretudo porque a “crise” tem servido para afastar os potenciais mecenas
apesar da lei que os beneficia fortemente.
A música de Carnaval tem vindo a
ocupar lugar de destaque na composição de Walter Tavares Silva sobretudo depois
do surgimento do grupo “Famas de Janela” cujas músicas são (quase) todas de sua
autoria, algumas das quais foram premiadas nos concursos da festa do Rei Momo,
no Paul.
“A música é algo que, desde
pequeno, encontrei em casa e me fascina”, disse Zuzú que não assume ter já uma
carreira na música e conta que as composições “começaram como uma espécie de
brincadeira” e foram ganhando importância até culminarem no Carnaval do grupo “Famas
de Janela”.
“Tínhamos aquela revolta de nunca
termos podido responder à fama que nos foi lançado pela morna ‘papá Juquim
Paris’ e a criação do grupo foi essa oportunidade” explica Zuzu acrescentando
que essa foi a forma encontrada para “desmistificar a fama de ‘bruxas’ que era atribuída
às gentes de Janela”.
De acordo com Zuzú essa música,
que o grupo apresentou na sua estreia no carnaval do Paul, “veio ajudar a dar a
volta às coisas já que ‘o fotch-fotch e lume’ que nos humilhava passou a ser o
nosso grito de guerra, tanto no desporto como noutras ocasiões”, explica o
compositor.
uma bela musica, uma bela homenagem ao Eterno Ildo Lobo.
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